Doença do Refluxo Gastroesofágico de Difícil Controle

O que é?

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é a principal indicação de endoscopia digestiva nos países ocidentais. No Brasil 12% da população apresenta azia semanalmente e, de acordo com o Consenso Brasileiro da DRGE, todo paciente com pirose (azia) recorrente deve ser submetido ao exame endoscópico. Apesar da maioria dos pacientes apresentar controle satisfatório dos sintomas com o uso de dose plena de medicamentos conhecidos como inibidores da bomba de protões (omeprazol, pantoprazol, lansoprazol, rabeprazol e esomeprazol ), de 30% a 40% continuam a apresentar sintomas, apesar da satisfação com o tratamento atingir 90% dos pacientes. Um número ainda maior de pacientes com sintomas atípicos atribuíveis a DRGE (laringite, tosse, asma, erosão dental, dor torácica) não respondem à terapia medicamentosa.

Assim, o objetivo na avaliação dos pacientes com sintomas apesar de medicados é distinguir aqueles que têm DRGE daqueles cujos sintomas são devido a outras doenças. Isto é desafiador, pois as manifestações clínicas atribuídas a DRGE se expandiu muito além da azia para incluir essas manifestações atípicas. Avaliação e conduta nos pacientes não respondedores à medicação.

A primeira medida é o médico estar seguro que a dosagem e a hora de uso do medicamento esteja correto e incentivar modificações de estilo de vida, incluindo perda de peso, elevação da cabeceira da cama e esperar duas a três horas antes de deitar. Evitar alimentos gordurosos e condimentados, cafeína em excesso, bebidas com gás e alcóolicas podem ajudar no controle dos sintomas. A dieta deve ser individualizada, pois um alimento que provoca azia em uma pessoa pode não causar em outra.

Se os sintomas persistirem, os pacientes com sintomas de DRGE típicos, tais como azia e regurgitação, devem ser submetidos à nova endoscopia, pHmetria e manometria esofágica para excluir outras doenças do esôfago, enquanto os pacientes com sintomas atípicos ou com sintomas típicos com exames normais devem ser submetidos à ImpedanciopHmetria esofágica.

Os exames de pHmetria e ImpedanciopHmetria prolongada devem ser realizados sem o uso de medicação, pois quanto mais sintoma no período do exame, maior a chance do exame determinar se é ou não DRGE, baseando esta abordagem na apresentação clínica do paciente, bem como em conhecimento disponíveis (ver tabela – Roma III). A literatura tem mostrado que o refluxo fracamente ácido é responsável pela maioria dos episódios de refluxo em pacientes com DRGE que têm sintomas persistentes durante a terapêutica PPI.

Tratamento

Quando todos os exames são negativos para DRGE, a possibilidade deste diagnóstico é quase nula e explica o fato da péssima resposta clínica com uso de medicamentos, que devem ser prontamente interrompidos.

Pacientes com DRGE confirmado por todos estes testes e que não respondem ao uso de medicação podem se beneficiar com cirurgia antirefluxo. Medicamentos como o Baclofen diminuem os episódios de refluxo fracamente ácido, mas não é aprovado para o tratamento da DRGE devido seus efeitos colaterais.

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