Pancreatite

O que é?

Pancreatite pode ser definida como inflamação do pâncreas, órgão que está localizado na parte superior do abdome, logo atrás do estômago.

O pâncreas representa um órgão de extrema importância, já que é uma glândula que produz dois tipos de substâncias que são fundamentais para o bom funcionamento do organismo: hormônios (insulina e glucagon) e suco pancreático. O suco pancreático é composto por enzimas e bicarbonato e tem como função auxiliar a quebra de proteínas e gorduras para facilitar a absorção desses nutrientes. Já os hormônios atuam de forma a controlar a glicemia, ou seja, os níveis de açúcares no sangue.

Quais são as causas de pancreatite?

A pancreatite pode ser causada por uma obstrução no ductos responsáveis por conduzir o suco pancreático. A principal causa dessa obstrução é a formação do cálculo biliar, popularmente conhecido como pedra na vesícula. Esse cálculo é formado a partir do acúmulo de material, geralmente gorduroso, dentro da vesícula biliar. Ocorre mais frequentemente em mulheres, acima de 50 anos de idade.

Com isso, esse material que é rico em enzimas começa ter sua ação no próprio pâncreas, ocasionando sua degradação.

Outras causas de pancreatite são:

• Abuso de álcool;

• Medicação;

• Exposição a certos produtos químicos;

• Lesão ou trauma na região do abdome;

• Hereditariedade;

• Cirurgias e determinados procedimentos médicos;

• Infecções;

• Anormalidades do pâncreas ou do intestino;

• Índice elevado de gordura no sangue;

Quais as consequências de uma pancretite?

• Hemorragia;

• Infecção;

• Danos ao órgão;

• Perda das funções.

A pancreatite pode ser aguda ou crônica e, em qualquer um dos casos, ela pode levar à morte e/ou trazer sérias complicações ao paciente.

Pancreatite Aguda

A pancreatite aguda tem como sintomas dores na região superior do abdome, que surgem subitamente ou gradativamente. Essa dor pode estar relacionada a ingestão de algum tipo de alimento. Além disso, outros sintomas podem ser detectados como náusea, vômito, febre, calafrio, inchaço abdominal , abdome sensível ao toque e taquicardia.

Em casos de infecção e hemorragia, pode ocorrer desidratação, queda na pressão arterial, fraqueza, sensação de cansaço (fadiga), sensação de tontura e/ou desmaio, letargia, irritabilidade, confusão mental, dificuldade de concentração, dor de cabeça.

O tratamento da pancreatite aguda vai depender da gravidade do caso. Mas é imprescindível que haja alívio dos sintomas por meio de medicação intravenosa para náusea e dor. No caso de infecção, há o tratamento com antibióticos. É importante que o paciente mantenha uma dieta adequada e suplementação com vitaminas.

Pancreatite Crônica

A pancreatite crônica é a evolução do quadro de uma pancreatite aguda e ocorre quando a fase aguda não é normalizada. Com isso, o pâncreas não consegue retomar suas funções. Nesse caso, a dor é menos comum, o que é um quadro de gravidade, já que o diagnóstico se torna mais difícil e o funcionamento do órgão está prejudicado. Outros sintomas relacionados à pancreatite crônica são: diabetes (produção de insulina deficiente), incapacidade de digerir os alimentos o que pode ocasionar perda de peso, sangramento, icterícia e problemas hepáticos.

O tratamento da pancreatite crônica, semelhante ao quadro agudo, se baseia em alívio da dor, quando houver. Além disso, deve-se tentar minimizar os danos ao pâncreas e maximizar a alimentação dando prioridade aos produtos ricos em carboidratos e com baixo teor de gordura. É imprescindível que não haja ingestão de bebidas alcoólicas e, no caso de diabetes, é recomendado o uso de insulina.

Como é realizado o diagnóstico de pancreatite?

Avaliação clínica minuciosa e exames laboratoriais como, por exemplo:

• Níveis de enzimas pancreáticas (amilase e lipase)

• Contagem das células do sangue para detectar ou não anemia;

• Função renal;

• Glicemia;

• Níveis de eletrólitos (desequilíbrio sugere desidratação);

• Nível de cálcio.

Os resultados dos exames de sangue podem ser indeterminados quando o pâncreas ainda está produzindo enzimas digestivas e insulina.

Diagnóstico por imagem

A) Tomografia computadorizada;

B) Ultrassom;

C) Colangiografia endoscópica retrógrada (CPRE).

Tratamento

Quando os sintomas são leves, os pacientes devem tomar as seguintes medidas preventivas:

• Evitar o consumir álcool;

• Dar preferência para a ingestão de alimentos líquidos, por exemplo, caldos, sopas, sucos;

• Alguns medicamentos para dor podem ser prescritos.

Em casos mais graves, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica, a exemplo do que ocorre quando há presença de cálculos biliares. Nesse caso, há a retirada da vesícula biliar.

Quando há lesão grave do pâncreas, sangramentos, tumores ou abscessos a cirurgia também pode ser indicada para reparar os possíveis danos causados ao órgão.

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