Pancreatite pode ser definida como inflamação do pâncreas, órgão que está localizado na parte superior do abdome, logo atrás do estômago.
O pâncreas representa um órgão de extrema importância, já que é uma glândula que produz dois tipos de substâncias que são fundamentais para o bom funcionamento do organismo: hormônios (insulina e glucagon) e suco pancreático. O suco pancreático é composto por enzimas e bicarbonato e tem como função auxiliar a quebra de proteínas e gorduras para facilitar a absorção desses nutrientes. Já os hormônios atuam de forma a controlar a glicemia, ou seja, os níveis de açúcares no sangue.
A pancreatite pode ser causada por uma obstrução no ductos responsáveis por conduzir o suco pancreático. A principal causa dessa obstrução é a formação do cálculo biliar, popularmente conhecido como pedra na vesícula. Esse cálculo é formado a partir do acúmulo de material, geralmente gorduroso, dentro da vesícula biliar. Ocorre mais frequentemente em mulheres, acima de 50 anos de idade.
Com isso, esse material que é rico em enzimas começa ter sua ação no próprio pâncreas, ocasionando sua degradação.
• Abuso de álcool;
• Medicação;
• Exposição a certos produtos químicos;
• Lesão ou trauma na região do abdome;
• Hereditariedade;
• Cirurgias e determinados procedimentos médicos;
• Infecções;
• Anormalidades do pâncreas ou do intestino;
• Índice elevado de gordura no sangue;
• Hemorragia;
• Infecção;
• Danos ao órgão;
• Perda das funções.
A pancreatite pode ser aguda ou crônica e, em qualquer um dos casos, ela pode levar à morte e/ou trazer sérias complicações ao paciente.
A pancreatite aguda tem como sintomas dores na região superior do abdome, que surgem subitamente ou gradativamente. Essa dor pode estar relacionada a ingestão de algum tipo de alimento. Além disso, outros sintomas podem ser detectados como náusea, vômito, febre, calafrio, inchaço abdominal , abdome sensível ao toque e taquicardia.
Em casos de infecção e hemorragia, pode ocorrer desidratação, queda na pressão arterial, fraqueza, sensação de cansaço (fadiga), sensação de tontura e/ou desmaio, letargia, irritabilidade, confusão mental, dificuldade de concentração, dor de cabeça.
O tratamento da pancreatite aguda vai depender da gravidade do caso. Mas é imprescindível que haja alívio dos sintomas por meio de medicação intravenosa para náusea e dor. No caso de infecção, há o tratamento com antibióticos. É importante que o paciente mantenha uma dieta adequada e suplementação com vitaminas.
A pancreatite crônica é a evolução do quadro de uma pancreatite aguda e ocorre quando a fase aguda não é normalizada. Com isso, o pâncreas não consegue retomar suas funções. Nesse caso, a dor é menos comum, o que é um quadro de gravidade, já que o diagnóstico se torna mais difícil e o funcionamento do órgão está prejudicado. Outros sintomas relacionados à pancreatite crônica são: diabetes (produção de insulina deficiente), incapacidade de digerir os alimentos o que pode ocasionar perda de peso, sangramento, icterícia e problemas hepáticos.
O tratamento da pancreatite crônica, semelhante ao quadro agudo, se baseia em alívio da dor, quando houver. Além disso, deve-se tentar minimizar os danos ao pâncreas e maximizar a alimentação dando prioridade aos produtos ricos em carboidratos e com baixo teor de gordura. É imprescindível que não haja ingestão de bebidas alcoólicas e, no caso de diabetes, é recomendado o uso de insulina.
Avaliação clínica minuciosa e exames laboratoriais como, por exemplo:
• Níveis de enzimas pancreáticas (amilase e lipase)
• Contagem das células do sangue para detectar ou não anemia;
• Função renal;
• Glicemia;
• Níveis de eletrólitos (desequilíbrio sugere desidratação);
• Nível de cálcio.
Os resultados dos exames de sangue podem ser indeterminados quando o pâncreas ainda está produzindo enzimas digestivas e insulina.
A) Tomografia computadorizada;
B) Ultrassom;
C) Colangiografia endoscópica retrógrada (CPRE).
Quando os sintomas são leves, os pacientes devem tomar as seguintes medidas preventivas:
• Evitar o consumir álcool;
• Dar preferência para a ingestão de alimentos líquidos, por exemplo, caldos, sopas, sucos;
• Alguns medicamentos para dor podem ser prescritos.
Em casos mais graves, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica, a exemplo do que ocorre quando há presença de cálculos biliares. Nesse caso, há a retirada da vesícula biliar.
Quando há lesão grave do pâncreas, sangramentos, tumores ou abscessos a cirurgia também pode ser indicada para reparar os possíveis danos causados ao órgão.
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